Introdução
Antecendentes
A criação da empresa "Companhia das Índias ocidentais", a famosa W.I.C, foi a reação do governo e empresários holandeses à política hostil da Espanha. Mas a primeira investida aconteceu mesmo em 1624, na Bahia, sede do governo geral do Brasil. Por um ano, os holandeses governaram o Brasil até que foram expulsos em 1625 por uma poderosa esquadra comandada pelo almirante espanhol D. Fradique de Toledo. O domínio
É dessa época a história de Domingos Fernandes Calabar, portocalvense, profundo conhecedor do território nativo, que teria se bandeado para o lado "inimigo", fornecendo informações decisivas aos exércitos invasores. Calabar foi capturado e condenado a morte por traição. Alguns historiadores contestam a idéia de um Calabar "traidor" dos interesses nativos, apontando-o como um sujeito consciente que entre a opressão portuguesa e a opressão holandesa, optou pela última. Consolidada a vitória, a Casa de Orange enviou o Príncipe, Guerreiro e Administrador Maurício de Nassau para governar, a partir de Olinda, o Brasil holandes. Nassau No período 1637-1644, Nassau impôs uma administração de excelência, aliando-se com os donos de engenho que haviam desistido de produzir ou fugido diante dos conquistadores estrangeiros. Devolveu-lhes a terra e os meios, incetivando a produção; restaurou igrejas profanadas, re-estabelecendo as práticas religiosas católicas; abriu ruas, construiu casas e moralizou o serviço público e a justiça. Patrono das artes e das ciências, Nassau trouxe em sua comitiva pintores (entre eles Frans Post), botânicos, médicos, cientistas, etc. Pernambuco (Olinda e Recife) viveu uma época de prosperidade e organização social incomuns ao domínio ibérico. Entretanto, os holandeses nunca deixaram de ser vistos como os estrangeiros dominadores, com costumes "eréticos", de linguajar incompreensível e rude. A idéia de "liberdade" ainda era forte, embora adormecida. A expulsão
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